Sophie Charlotte sobre cenas de sexo: "o horário permite"

segunda-feira, julho 21, 2014

Os traços delicados e o jeito doce de falar de Sophie Charlotte contrastam com sua postura firme. Aos 25 anos, a atriz tem a oportunidade de explorar ainda mais sua maturidade através de Duda, personagem que vive no remake de O Rebu. Afinal, depois das jovens românticas e das vilãs do horário das 19h que interpretou, ela, pela primeira vez, encarna um papel mais denso na televisão. ''É um trabalho de composição mesmo, com cenas muito fortes e dramáticas. Acho que é uma das grandes personagens da minha vida, com certeza vai ser um divisor de águas'', assegura.

Um tempo depois de ter sido uma das protagonistas de Sangue Bom, Sophie recebeu o convite de José Luiz Villamarim para integrar o elenco da nova trama das 23h. E aceitou na mesma hora. Tudo porque já nutria uma vontade de trabalhar com a equipe do diretor e se identificou com as complexidades da personagem para a qual foi escalada. ''Duda é muito humana. É um papel que me fez trabalhar as emoções de uma forma nova e me colocou em um lugar diferente'', avalia.

Na história adaptada por George Moura e Sergio Goldenberg, Duda é filha de criação da empresária Angela, interpretada por Patrícia Pillar, e trabalha na Mahler Engenharia. É na empreiteira, inclusive, que conhece Bruno, de Daniel de Oliveira, por quem se apaixona. O romance entre os dois, assim como várias outras relações da história, rende cenas, no mínimo, sensuais. O horário de exibição também favorece para que haja uma maior liberdade artística na abordagem da história e, consequentemente, muitas sequências de sexo. Algo que a atriz encara com naturalidade. ''O horário das 23h permite essa exploração com mais ousadia, mas não é esse o foco da novela. Sexo faz parte da vida de todos e é mostrado como parte da trama. O Rebu me arrebatou de uma maneira que eu entendo a importância de cada sequência feita'', destaca.

Na obra original, escrita por Bráulio Pedroso e exibida em 1974, as personagens de Sophie e Patrícia eram do sexo masculino. Cauê e Conrad, interpretados na época por Buza Ferraz e Ziembinski, respectivamente, eram mostrados como filho e pai adotivos por exigência da censura no Brasil. Mas as atitudes deles revelavam, de forma velada, que havia uma relação homossexual entre os dois. Desta vez, essa possibilidade entre Duda e Angela ainda é incerta. Mesmo assim, Sophie assistiu por curiosidade a algumas cenas antigas da novela. ''É muito difícil construir um personagem em cima de um papel que também foi uma construção'', pondera.

Para se inserir no universo da personagem e compô-la, ela contou com o auxílio do preparador de elenco Chico Accioly, com quem já havia trabalhado no filme Serra Pelada, que ganhou uma edição como microssérie para a Globo. Os ensaios intensos com o diretor José Luiz Villamarim também foram importantes para dar o tom antes de o elenco embarcar para Buenos Aires, na Argentina, onde parte das gravações aconteceram. Assim como a parceria com Patrícia Pillar, de quem tenta absorver o máximo de dicas a cada gravação. ''Ela me recebeu de braços abertos, sem uma hierarquia. Em cena, me sinto livre e à vontade para ser a personagem'', constata ela, que vai aparecer, na maior parte dos capítulos, com um mesmo vestido, já que a história base se passa em 24 horas, com diversos flashbacks. ''Acho que é o figurino mais decisivo que já usei porque segue pela trama toda'', observa.

Leve e solta

Na hora de mudar o visual para alguma personagem, Sophie é desapegada. Mas, desta vez, ela se superou. E mostrou o quanto está disponível para viver Duda ao adotar o corte ''Joãozinho''. ''A minha vaidade mudou de lugar. O cabelo tinha a ver com a personagem e foi tudo certo. Não me senti desconfortável, nem nada'', garante.

Mas precisou se adaptar ao corte moderno. Ao perceber que o rosto fica mais em evidência, passou a experimentar uma maquiagem leve e novos estilos de se vestir. ''Tive de me acostumar com a nuca de fora'', conta.

Instantâneas

# Em O Rebu, Sophie cantou a música Sua Estupidez, de Roberto e Erasmo Carlos.

# A atriz se preocupou em encontrar um tom mais grave de voz para ficar condizente com a força das cenas de sua personagem.

# Ela ficou conhecida ao protagonizar a temporada de 2007 de Malhação, na pele de Angelina.

# Logo após O Rebu, vai rodar o filme Língua Seca, de Homero Olivetto.

O Rebu  – Globo – Segunda, terça, quinta e sexta, às 23h.

Fonte : Terra Brasil

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