Sophie Charlotte: calma e coragem para chegar lá


Foi na minissérie teen Malhação que Sophie Charlotte despontou na televisão brasileira, em 2007, lá se vão dez anos. “Me sinto fazendo um pouco parte da vida das pessoas. Meu trabalho, afinal, me coloca dentro da casa delas”, diz a atriz, que neste ano comemorou, feliz da vida, o retorno às telas, depois de uma licença-maternidade estendida, que durou um ano.

No ar em Os Dias Eram Assim, ao lado do marido e também ator Daniel de Oliveira, Sophie tem aprendido na prática a se dividir entre os papeis da vida real – mulher, mãe, profissional, filha. E tem feito tudo com leveza, com uma maturidade impressionante para seus 28 anos de vida.

Musa zero clichê, com postura de bailarina e cara de menina; encontro da Alemanha com o Brasil, queridinha da moda – ela foi eleita a primeira fidéle da Louis Vuitton no País – Sophie credita à calma e coragem o resultado de uma carreira sólida e em ascensão.

Conheça sua trajetória:

“Coragem,  couro bom para vestir a alma.”

Muita calma nessa hora

“A gente precisa de coragem nessa vida, em todos os aspectos. Exatamente por isso, essa é a palavra que me rege. Mas, ao mesmo tempo, precisamos de calma. O principal desafio da minha carreira, por exemplo, sempre foi o de construir tudo passo a passo, não acreditar que conquistaria o mundo com um único trabalho, não transformar oportunidade em peso, não tentar superar todas as expectativas, inclusive as minhas. O ofício e a dedicação veem em primeiro lugar, veem antes de qualquer resultado. E dedicação demanda tempo, calma e coragem.”

Fora do script

“Durante essa minha trajetória, tive a chance de trabalhar com algumas pessoas que admiro muito, e que fizeram toda a diferença no meu aprendizado; mulheres determinantes no meu amadurecimento como mulher e atriz. A Cássia Kiss virou uma amiga e companheira, a Patricia Pillar, a Lília Cabral, a Susana Viera, a Natália do Vale... Todas lindas e tão talentosas. Aproveito cada momento com elas em set, cada lição, desde a atuação até a maneira como elas enxergam as próprias vidas. Não perco esse deslumbre, no sentido bom da palavra. São as minhas divas pessoais.”

Roteiro novo

“Depois que o Otto nasceu, em 2016, me afastei um pouco da profissão para me dedicar a ele. E essa foi uma decisão muito significativa, pois reajustei a importância das coisas na minha vida, tanto pessoal quanto profissionalmente. E, no momento em que achei que estava pronta para voltar, voltei mais madura, de forma muito prazerosa, ciente de que realmente queria isso, curtindo cada etapa, cada gravação. Claro, nem sempre é fácil - ser mulher é equilibrar vários pratinhos no ar e isso porque ainda sou privilegiada, tenho muita ajuda. Às vezes bate saudade dele no meio do dia, dá aquele apertinho. Mas estou tentando dar o meu melhor, tive uma licença-maternidade maravilhosa, me sinto plena, parece que atravessei um portal de amor depois que virei mãe. E, no momento, penso que o principal é criar meu filho com muito, muito amor, e também com independência. Cria-lo para o mundo é um grande aprendizado.”

Família S/A

“Sempre tive essa ligação forte com a família, com meus pais. O meu pai é muito meu parceiro, não só no que diz respeito ao meu cabelo (risos), sonhamos juntos, ele me aconselha e vibra com cada conquista, tem se mostrado, por exemplo, um avô extremamente coruja, é lindo ver essa transformação que o Otto provocou em todos nós. E essa presença familiar me deu chão, me deu segurança, valores fundamentais para ser quem eu sou. O meu marido é outro grande parceiro, meu grande amor, que me ajuda em tudo. Gosto muito de conviver com ele também no trabalho, admiro muito o Daniel profissionalmente e somos mergulhados de verdade na vida do outro.”

Musa original

“Não sou uma mulher inacessível, misteriosa, minha vida é muito normal! Claro, minha profissão tem um lado glamouroso, é inegável. As roupas, o cabelo, a maquiagem, a caracterização do personagem ou a estreia de uma novela, de um filme. São momentos muito legais de se viver e que encantam mesmo, não à toa, geram tanta curiosidade por parte do espectador, vontade de saber de onde é tal coisa...  Quando as pessoas veem falar comigo, especialmente quando estou no ar, como agora, sinto essa curiosidade, cercada de muito carinho. Algumas me acompanham desde Malhação, outras lembram de O Rebu,  do meu corte de cabelo, que, para ser sincera, foi a coisa mais radical da minha vida (risos) e tudo bem, cabelo cresce, acho que acaba ficando essa mensagem subliminar, essa identificação que uma personagem gera ou não conosco.”

Fonte: Vogue Brasil

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