Sophie Charlotte é capa da Glamour de maio: "Estou muito feliz com a força da novela"
O olhar de Sophie Charlotte é capaz de entregar os sentimentos da atriz, e o ensaio de capa da nova edição impressa da Glamour não nos deixa mentir. Profundos, potentes e, ao mesmo tempo, meigos, os olhos da alemã de 34 anos, que chegou ao Brasil ainda na infância, revelam que o tempo é o melhor amigo da consistência.
Seja dando vida à mocinha Angelina, na 15ª temporada do seriado Malhação, à vilã Stéfany, de Ti Ti Ti, ou se aventurando ao interpretar personagens em projetos internacionais, ela colhe os frutos de uma carreira linear, com histórias que envolvem inspiração e, claro, uma dose indiscutível de talento. "Vivo do que amo e sinto que meu trabalho dialoga com a humanidade", conta.
Impossível desviar da trajetória intensa que vive ao longo de seu 2023, do streaming ao cinema. Além do sucesso de Todas as Flores, primeira novela produzida especialmente para o Globoplay, a mãe de Otto, filho do casamento com o ator Daniel de Oliveira, ainda pode ser vista ao lado do marido no longa-metragem O Rio do Desejo, com cenas gravadas na região amazônica, ou emprestando corpo, voz e alma ao mergulhar na história de uma das maiores cantoras brasileiras, no aguardado Meu Nome É Gal, que tem previsão para estreia em outubro.
Sophie se mostra animada ainda por outra novidade para o segundo semestre: o suspense The Killer, dirigido por David Fincher (de A Rede Social e Clube da Luta), onde divide créditos com Michael Fassbender e Tilda Swinton. Será que vem aí um salto para a carreira no exterior? "Pretendo abrir mais possibilidades quanto a isso, porém sem parar de contar histórias por aqui, que têm a ver comigo, com a nossa cultura e identidade", confessa. E o que mais podemos esperar deste ano já atribulado? "Nossa, acho que já está bom, né?", brinca, entre as revelações que compartilha no papo das páginas da nova Glamour de maio, com a primeira edição impressa de 2023.
A novela Todas as Flores é um sucesso do Globoplay. Como foi a construção para interpretar Maíra e como vê a repercussão da trama?
Estou muito feliz com a força da novela. É a primeira do streaming, então é uma responsabilidade e, ao mesmo tempo, uma surpresa. Sua construção foi interessante e preciosa nas trocas com os preparadores de elenco, os parceiros de cena. A novela é feita coletivamente; é rica, forte e profunda. Me dediquei bastante na responsabilidade de contar a história de Maíra. Não queria que o telespectador colocasse a atenção apenas na deficiência visual, por exemplo. É algo que faz parte da vida dela, mas não é o ponto central da personagem, uma jovem perfumista que, ao longo da trama, acaba entrando naquela rede de intrigas, mentiras e reviravoltas. Ela tem uma vibração, um desejo de independência e de pertencimento com os quais me preocupei em conduzir.
No segundo semestre, chega Meu Nome É Gal, longa sobre Gal Gosta, que faleceu em novembro de 2022. Como surgiu o convite e como lidou com a morte da artista?
Estou ansiosa. É um privilégio incomparável e também uma enorme responsabilidade. Ela é minha estrela, a ídola maior. Espero que dê para a gente homenageá-la e enaltecê-la ainda mais nos cinemas. O projeto é antigo, trabalhamos nele por muitos anos, antes mesmo de termos o roteiro. Aprendi a cantar ouvindo aquela voz cristalina, que sempre me inspirou. Ao receber o convite, parecia um sonho, um delírio bonito se apresentando como oportunidade de trabalho, com uma vibração única. Foi um barato mesmo. Senti uma dor e um baque muito grande ao saber da morte de Gal. Não apenas eu, o Brasil inteiro. Ela é um ícone em vários aspectos. É uma revolução na expressão feminina. Desde o Tropicalismo, passando pelos movimentos culturais que o País enfrentou, os gritos de revolta contra o período da ditadura militar brasileira, projetos em prol da liberdade, sempre pensando em música, em arte e se repensando artisticamente. Foi duro, fizemos o filme para ela, pensando nela como um presente.
Estou ansiosa. É um privilégio incomparável e também uma enorme responsabilidade. Ela é minha estrela, a ídola maior. Espero que dê para a gente homenageá-la e enaltecê-la ainda mais nos cinemas. O projeto é antigo, trabalhamos nele por muitos anos, antes mesmo de termos o roteiro. Aprendi a cantar ouvindo aquela voz cristalina, que sempre me inspirou. Ao receber o convite, parecia um sonho, um delírio bonito se apresentando como oportunidade de trabalho, com uma vibração única. Foi um barato mesmo. Senti uma dor e um baque muito grande ao saber da morte de Gal. Não apenas eu, o Brasil inteiro. Ela é um ícone em vários aspectos. É uma revolução na expressão feminina. Desde o Tropicalismo, passando pelos movimentos culturais que o País enfrentou, os gritos de revolta contra o período da ditadura militar brasileira, projetos em prol da liberdade, sempre pensando em música, em arte e se repensando artisticamente. Foi duro, fizemos o filme para ela, pensando nela como um presente.
Como foi atuar em Rio do Desejo, com cenas gravadas no Amazonas e com Daniel de Oliveira no elenco?
Foi um privilégio, tivemos críticas positivas... O público está voltando aos poucos às salas de cinema por conta ainda dos efeitos da pandemia do coronavírus. Tentei acompanhar ao máximo os lançamentos para celebrar coletivamente a arte e a cultura, já que estamos em um momento mais feliz nesse sentido. Gravar na região amazônica foi maravilhoso, filmamos em 2019. Levamos o Otto, e a população local nos recebeu de um jeito incrível. Nos abraçaram em uma troca muito amorosa e afetiva. Me sentia pertencendo àquela rotina. Em cada projeto, preparação e filmagens, há desafios específicos com os quais se aprende muito. A chave vira em cada um deles. Fui muito feliz nesse, é luminoso, solar.
Foi um privilégio, tivemos críticas positivas... O público está voltando aos poucos às salas de cinema por conta ainda dos efeitos da pandemia do coronavírus. Tentei acompanhar ao máximo os lançamentos para celebrar coletivamente a arte e a cultura, já que estamos em um momento mais feliz nesse sentido. Gravar na região amazônica foi maravilhoso, filmamos em 2019. Levamos o Otto, e a população local nos recebeu de um jeito incrível. Nos abraçaram em uma troca muito amorosa e afetiva. Me sentia pertencendo àquela rotina. Em cada projeto, preparação e filmagens, há desafios específicos com os quais se aprende muito. A chave vira em cada um deles. Fui muito feliz nesse, é luminoso, solar.
Como foi a experiência do primeiro papel internacional, em The Killer, com direção de David Fincher?
Foi uma participação pontual, mas surreal ao ser dirigida pelo Fincher e contracenar com Michael Fassbender (de Shame e Steve Jobs). Estou curiosa, não sei onde isso vai me levar. Sei que tenho memórias impagáveis e especiais. Uma validação, de certa forma, de entendimento de que o que fazemos por aqui se comunga por lá. O filme é o meu segundo trabalho em língua inglesa; após o seriado Passaporte para Liberdade, realizado durante a pandemia de Covid-19, recebi a proposta de teste para o filme. Pode chamar do que quiser: destino, caminho aliado com vibrações, carma, astros e estrelas... Agradeço aos meus guias pelo meu caminho estar alinhadinho. Me sinto uma pessoa abençoada: vivo do que amo e sinto que meu trabalho dialoga com a humanidade.
Foi uma participação pontual, mas surreal ao ser dirigida pelo Fincher e contracenar com Michael Fassbender (de Shame e Steve Jobs). Estou curiosa, não sei onde isso vai me levar. Sei que tenho memórias impagáveis e especiais. Uma validação, de certa forma, de entendimento de que o que fazemos por aqui se comunga por lá. O filme é o meu segundo trabalho em língua inglesa; após o seriado Passaporte para Liberdade, realizado durante a pandemia de Covid-19, recebi a proposta de teste para o filme. Pode chamar do que quiser: destino, caminho aliado com vibrações, carma, astros e estrelas... Agradeço aos meus guias pelo meu caminho estar alinhadinho. Me sinto uma pessoa abençoada: vivo do que amo e sinto que meu trabalho dialoga com a humanidade.
Visa desenvolver a carreira lá fora?
Olha, eu viso uma carreira. O que amo fazer é contar histórias. Estou aberta, pretendo explorar mais possibilidades quanto a isso, porém sem parar de contar histórias por aqui que têm a ver comigo, com a nossa cultura e identidade. Tenho planos de cantar também. A minha vida profissional foi realmente um sonho realizado. Fui recebendo personagens diferentes umas das outras, tive grandes encontros em cena e com profissionais que admiro. Meu entusiasmo é o mesmo da garota que entrou em Malhação. Fui entendendo o sentido da minha carreira, da importância que é o impacto de trabalhar com projetos que fazem sentido na vida das pessoas.
Olha, eu viso uma carreira. O que amo fazer é contar histórias. Estou aberta, pretendo explorar mais possibilidades quanto a isso, porém sem parar de contar histórias por aqui que têm a ver comigo, com a nossa cultura e identidade. Tenho planos de cantar também. A minha vida profissional foi realmente um sonho realizado. Fui recebendo personagens diferentes umas das outras, tive grandes encontros em cena e com profissionais que admiro. Meu entusiasmo é o mesmo da garota que entrou em Malhação. Fui entendendo o sentido da minha carreira, da importância que é o impacto de trabalhar com projetos que fazem sentido na vida das pessoas.
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