Novelas mostram curiosidades e belezas de bairros de São Paulo
São Paulo, 11 milhões de habitantes. Paulistanos, paulistas, cariocas, mineiros, baianos. Gente do Brasil inteiro e do mundo todo reconhecendo na tela da TV a metrópole onde vive.
Na novela das 21h, "Amor à Vida", parte dos personagens trabalha em um hospital. E isso na Paulista é ficção baseada na realidade. Na região, há 17 hospitais, alguns dos mais importantes do país. Um em cada quatro leitos hospitalares da cidade está lá.
“Acho que a Paulista representa bem São Paulo. Tem de tudo um pouco, ela é grandiosa, ela tem o nosso trânsito, que é a cara de São Paulo, que não tem como falar”, diz Paolla Oliveira. A protagonista se diz à vontade. “É bom saber que a novela se passa na sua cidade, onde você conhece bem, onde você já tem o ritmo”, completa.
Mas é na novela das sete, ‘Sangue Bom’, que dois bairros bem tradicionais têm destaque. Vamos começar com o da mulher-mangaba.
Levamos a Ellen Roche para o bairro da Pompeia, na Zona Oeste de São Paulo, primeiro para ela nos explicar por que “solteirinha da Pompeia”?“É uma música superdivertida de ‘Sangue Bom’, feita pelo Vincent Villari”, explica.
O Vincent é um dos autores da novela, e reconhece que a letra não faz mesmo muito sentido.
“Eu gostava da palavra trela. O que rimava com trela? Solteirinha da onde? Eu moro na Pompeia, qual é a primeira coisa que me ocorreu? Pompeia dá pra fazer jogo com trela”, diz Vicent Villari. Deu certo. Nas ruas, o passinho pegou.
Mas o bairro que está dando mesmo o que falar em ‘Sangue Bom’ é a Casa Verde, que fez 100 anos e ainda guarda muito do passado. “Eu costumo dizer que Casa Verde é um bairro provinciano, pequeno, onde todos se conhecem, você sai na rua, cumprimenta os vizinhos”, destaca José Martiniano, diretor da Sociedade Amigos da Casa Verde.
“Essa coisa de morar nos Jardins é uma coisa realmente que não passa pela cabeça das pessoas que têm a sorte de viver num bairro onde todo mundo se conhece, onde todo mundo se cumprimenta, onde você realmente se importa com a vida do outro”, analisa Maria Adelaide Amaral, autora da novela.
Mas a personagem principal de ‘Sangue Bom’ não gosta nada desse estilo. “Aquele lugar, aquelas pessoas, os vizinhos, a gritaria, o cheiro de fritura, a garota do meu fã-clube, aquele mundo pequeno e mesquinho foi me dando vontade de sair correndo”, disse ela em um capítulo da novela.
“Quem nasceu na Casa Verde está bravo com ela, né?”, aponta uma moradora.
“O problema é ela, não é a Casa Verde”, avalia outra.
A Amora não está muito bem na fita, não, mas a atriz que faz a amora, a Sophie Charlotte está fazendo muito sucesso, e a gente a levou para a Casa Verde. “É a primeira vez que eu venho à Zona Norte”, revela a atriz.
Fantástico: Você não chegou a gravar nenhuma cena da novela?
Sophie Charlotte: Nenhuma. Primeira vez.
Para pegar a atriz direto pelo estômago, um dos mais premiados pastéis da cidade!
Fantástico: Você acha que a Amora gostaria desse pastel?
Sophie Charlotte: A Amora eu não sei, porque ela é bem adepta do suco verde, mas a Sophie adora se jogar num pastel bem gostoso, quentinho que nem esse. Está uma delícia!
O Fantástico mostra para ela uma surpresa, para a atriz contar para Amora: um samba que diz: “Amora, você ‘tá por fora, querida. / Se liga no close, não faz essa pose / que não me conquista. / A gente, que vive com pouco, / se veste no estilo e se vira nos 30. / A Casa Verde não precisa de estilista. / Sambando no chão ou no asfalto, / deslumbrando a avenida, / a Casa Verde é um reduto de sambistas. / Se liga, Amora!”.
“Arrasaram! Amei! E a amora vai aprender muito com isso, tenho certeza”, destaca Sophie.
Fonte : Rede Globo / Fantástico
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