Sophie Charlotte: o amor vai sendo construído aos poucos


Atores adoram falar em laboratório. Vivenciar as experiências que sentirão na pele em suas cenas costuma ser o método de preparação mais utilizado por eles. Mas Sophie Charlotte entendeu que precisava abrir mão desse exercício se quisesse se entregar com mais intensidade e verdade ao drama de Alice, sua personagem em Babilônia. A atriz, que nasceu na Alemanha e se mudou para o Brasil com sete anos, agora vai interpretar uma garota de programa. Mas não quis nem pensar em conversar com pessoas que têm uma rotina semelhante fora da ficção. "Curiosamente, me preparo meio que me despreparando. A história da Alice é bem específica. Minha preocupação maior tem sido focar na relação familiar dela", justifica.

É a segunda vez seguida que você interpreta uma personagem com conflitos com a mãe. Em algum momento você achou que pudessem acontecer comparações entre a Duda, de O Rebu, e a Alice de Babilônia?

É muito difícil responder isso, mas acho que não. São duas relações familiares tumultuadas, é verdade. Mas O Rebu se passava em uma festa. Nem eu sabia para onde aquela trama caminharia. Em Babilônia é um novo conflito e há outro nível de complicação entre mãe e filha. É difícil estabelecer uma comparação. Para mim, como atriz, a Alice não tem nada a ver com a Duda. E Babilônia é uma fase especial da minha vida.

Por que considera esse trabalho tão importante?

Acho tudo incrível. Eu vou me repetir até o final da novela falando isso, mas é uma honra poder contracenar tanto com a Adriana Esteves (que interpreta Inês, mãe de Alice). O Bruno Gagliasso (que vive Murilo) também tem sido um baita parceiro de cena. A Alice é uma personagem bem complexa e que passará por grandes reviravoltas. Acho que é desses papéis de jornada, que começa e se transforma demais. Há tantas coisas para acontecerem e isso já começou a ser mostrado desde o começo.

De onde vem essa rivalidade tão forte entre Inês e Alice?

A alma humana tem tantas razões diferentes para agir de maneira estranha que é difícil definir o que fez a Inês ter certas atitudes com a filha. Existem muitas informações que a gente não sabe sobre essa história e que os próximos capítulos vão revelar. Por que ela diz tantas coisas cruéis? Por que rolou um tapa entre as duas no início da novela? São respostas que virão até outubro, quando deve terminar Babilônia.

A Alice vai começar a se prostituir. Como você vê isso?

Não posso falar muito sobre esta trama. E, como eu disse, a jornada dela é mais interessante do que se preocupar com o futuro. Ela foi para Dubai com 10 ou 12 anos, um momento de muita transformação e, ao mesmo tempo, de formação de caráter. E, por isso, ela idealiza uma liberdade carioca.

O tempo todo, você e o Bruno Gagliasso falam de uma paixão forte entre Alice e Murilo. Existe amor nesse encontro dos dois personagens?

Ah, o amor vai sendo construído aos poucos, não é mesmo? Tenho um monte de questões sendo estudadas e estou tentando entender a dinâmica da novela. Mas é uma grande paixão, de fato. Quando a Alice chegou de Dubai e conheceu o Murilo, não tinha referência nenhuma, não sabia se proteger. O Rio de Janeiro ainda é um lugar estranho para ela. Eu acho que qualquer coisa pode surgir ali, mas, por enquanto, eu vejo como uma paixão arrebatadora mesmo.

Fonte: A TARDE - UOL

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