Sophie Charlotte volta a cantar em cena: ela é Gilda no novo filme de Domingos Oliveira

De Alice para Gilda. Segundo Sophie Charlotte, só nas horas que ela gasta do Projac até o Flamengo, onde está rodando o novo filme de Domingos Oliveira, “já dá tempo de sair de uma personagem e entrar na outra”. “É muito trânsito!”, diz ela, enquanto deixa para trás seu papel na novela “Babilônia” para se transformar na femme fatale do longa-metragem que teve cenas gravadas dias atrás. 

O filme, batizado provisoriamente de “Barata Ribeiro 716”, conta a história do famoso apartamento de Domingos nos anos 60, onde ele conheceu e se apaixonou por Leila Diniz. Sophie vive uma das namoradas de Felipe, papel de Caio Blat, que é uma espécie de alterego do próprio Domingos. 

“Não podemos dizer que a Gilda é inspirada em Leila Diniz, mas a energia da Leila está ali, aquela mulher que preenche todos os espaços”, afirma Sophie, sobre a personagem, uma aspirante a cantora. Ela volta a soltar o gogó depois de fazer o maior sucesso ao interpretar “Sua estupidez”, de Roberto Carlos, na novela “O rebu”, no ano passado.

Em cena, a atriz canta “Amado mio”, imortalizada por Rita Hayworth no clássico noir “Gilda”, de 1946. “Gravamos o número ontem. Enquanto eu me maquiava, fiquei vendo o vídeo da Rita no YouTube sem parar. Na hora H, baixou um negócio em mim”, conta Sophie.

A sequência acontece durante uma das muitas festas que rolam no apartamento. “Sempre gostei de receber os amigos em casa. E de beber. Até hoje é assim”, diz Domingos Oliveira, que chegou ao set acompanhado da produtora Renata Paschoal e tinha Isabel Nessimian como assistente de direção. Aos 78 anos, o diretor enfrenta o mal de Parkinson. “Eu não tremo, e estou aqui com muita alegria”. Ali perto, Caio Blat estava pronto para filmar. “A equipe brinca que o filme podia se chamar ‘Caio recebe’. Sou o anfitrião, e cada dia tem uma festa aqui”, conta o ator. “É divertido. Tem muita liberdade, a gente fuma, bebe um uísque...”.

Fonte: O Globo