Sophie Charlotte fala sobre 'Todas as mulheres do mundo', que estreia dia 23: 'Um set amoroso'


Quem está vivendo a experiência do isolamento por causa do coronavírus pode até estranhar o tanto de calor humano na série “Todas as mulheres do mundo”, que estreia no próximo dia 23, no Globoplay. Escrita por Jorge Furtado e Janaína Fischer, a adaptação da obra do autor, diretor e dramaturgo Domingos Oliveira, morto há um ano, é repleta de reflexões filosóficas sobre vida, amor e morte, além do humor inteligente e refinado, características de seu universo criativo. Mas também é uma surra de abraços, beijos e até lambidas entre o protagonista, Paulo (Emílio Dantas), e as mulheres com quem vive ardentes paixões.

Além de Emílio, tem no elenco fixo Sophie Charlotte (Maria Alice), Martha Nowill (Laura) e Matheus Nachtergaele (Cabral). Na história, o arquiteto Paulo está sempre em busca de um grande amor. E ele se apaixona à primeira vista por uma mulher diferente a cada um dos 12 episódios.


Mas o grande amor de Paulo é a personagem de Sophie Charlotte, uma das musas de Domingos Oliveira. A atriz conta que sentiu a “presença” do dramaturgo no set.

— Tudo em volta reverberava a energia do Domingos, a gente contava nossas histórias com ele. Muitas frases do texto, Domingos falava no dia a dia. Isso fez com que eu me sentisse muito próxima dele filmando — lembra. — Foi um ambiente amoroso e, para Domingos, o amor era a grande revolução. Ele me ligou em alguns momentos quando gostava de algum trabalho.

Para a a atriz, jogar luz sobre o argumento de “Todas as mulheres do mundo”, filme dirigido por Domingos, em 1966, com Leila Diniz e Paulo José, é importante para lembrar a  liberdade feminina revolucionária exalada pela mulher que contestou o machismo nos anos 1960.


— Quantas questões Leila Diniz levantou ali que a gente ainda está tentando quebrar de uma vez por todas hoje? O texto é atualíssimo e fundamental para avançarmos mais — acredita Sophie que, na série, interpreta o papel que foi de Leila no longa. - Domingos amava as mulheres, a nossa complexidade, nossa força, tinha uma compreensão do feminino como poucos porque era um homem sensvível, com olhar para o outro e para questões de delicadeza. Eu tentava explicar para o Emilio quem era o Domingos e isso era bacana.

O fato de ser uma mulher à frente na direção fez diferença, segundo Sophie.

- Ser dirigida por uma mulher é completamente diferente  Patricia trouxe delicadeza e só por ser mulher já provoca outro olhar na forma de falar sobre corpo, liberdade e desejo.

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Fonte: O GLOBO

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