'Me ensinou a viver', conta Sophie Charlotte sobre relação com o diretor Domingos de Oliveira
É impossível resistir a um grande amor. Mas é bem possível se distrair enquanto você não pode vivê-lo. Pelo menos é disso que fala a série 'Todas as Mulheres do Mundo', que estreia nesta terça-feira, após o 'Big Brother Brasil', na Globo. A produção conta a história de Paulo, um homem intenso e carismático. Mas, em suas conquistas, ele é surpreendido ao encontrar algo além de uma paixão: um grande amor. A dona do seu coração é Maria Alice, uma mulher que está longe de corresponder às expectativas românticas do rapaz.
"Ela é uma mulher livre e engajada em viver da melhor forma possível, que é estar aqui no momento presente. O encontro dela com o Paulo é lindo, potente, maluco e humano. Acho que retrata esse grande amor que às vezes a gente encontra, mas a vida tem tantas coisas que perpassam como seus sonhos profissionais, os outros encontros, desencontros, amadurecimento... Então, mostrar essa jornada é bem bonito", declara Sophie Charlotte, que interpreta a musa de Paulo.
Já no primeiro episódio, acontece o primeiro encontro do casal protagonista. Ainda comprometida, Maria Alice conhece Paulo e, enfim, a paixão acontece, levando a bailarina a romper seu relacionamento com o noivo. "O primeiro encontro é numa festa de Natal e ela está comprometida. Não passa pelo momento ideal de um encontro, mas tem essa potência do Paulo, essa vontade de viver, esse arrebatamento. É um encontro inevitável. O Paulo tem essa alegria de viver, esse humor, essa leveza, aproveitar cada fagulha de vida e isso é encantador para Maria Alice. Se é que podemos tentar explicar uma paixão, né?!", brinca Sophie Charlotte.
Amor antigo
Por sinal, 'Todas as Mulheres do Mundo' é uma homenagem à obra do autor, diretor e dramaturgo Domingos Oliveira, que morreu em março de 2019, aos 82 anos. Sophie Charlotte, que era queridinha do diretor e protagonizou o longa 'Barata Ribeiro, 716', em 2016, aproveita a estreia da série na Globo para falar dessa forte relação com o amigo.
"Vem desde os 18 anos. Ele me formou, me ensinou a viver. Quando chegou a Maria Alice e comecei a gravar tudo convergiu, se misturou. Não consigo dizer se é uma personagem, se é uma homenagem. Encontros revividos, momentos de palco. Muitas poesias que aparecem na série eu fiz no palco com o Domingos na peça 'Poesias e Canções'. É uma mistura louca, como é a vida mesmo", destaca atriz.
Apesar da série ser escrita por Jorge Furtado e Janaína Fisher, a produção é uma releitura do longa homônimo do diretor, de 1966. "'Todas as Mulheres do Mundo' é o meu filme favorito do Domingos. E a Maria Alice é um personagem vivido pela Leila Diniz, que me inspira absurdamente. Eu amo dizer as palavras que estão no texto. Eu me sentia mais aproveitando as palavras do texto do que, entre aspas, trabalhando. A Maria Alice e o Paulo retratam um pouco a história de amor da Leila com o Domingos. Como atriz, aproveitei muito, pois personagens femininas, que falam dessa forma bonita, livre e poética, só o Domingos mesmo. Acho que é isso, a série diz muito sobre o Domingos e sobre a Leila também e, em última instância, sobre mim", declara Sophie.
Fonte: Jornal O DIA
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